terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

bolt e a nova era

Inspirada pelo post do Gui aqui embaixo, vou falar de outro filme que também brinca com o público nesse lance de "alô, isso é um filmê". A animação concorrente ao Oscar deste ano: Bolt - O Supercão. Mas não vou tratar desse assunto em si, porque - além de já ter sido bem tratado pelo Gui - é MUITO claro obviamente no Bolt, não tem nem o que falar (deve ter até na sinopse). Mas o negócio é que quando eu assisti Bolt me vieram diversas reflexões na cabeça. O filme começa num agito só, aquele SUPER cão pulando viadutos, soltando lasers, latidos mortais, patinhas turbo, vilões de patinete voador, enfim. Tudo o que os antigos 007 queriam fazer e tinham lá suas limitações da época. Hoje, sem mais limitações graças à computação gráfica, tudo isso é possível e mais um pouco. O que aconteceu então? Todo o agito do Bolt sai do zoom e nós enxergamos o cenário que ele está gravando o seriado do Bolt. Cara, era um cenário! E achei bem sacado que na seqüência se passa outra cena de ação, agora mostrando: os câmeras, os caras limpando os uniformes dos "vilões"... a staff toda. Digo de novo, o que aconteceu então? Aconteceu que hoje estamos numa era pós-computação. A computação já não é mais o bam bam bam pra se pirar, ela já tá "taken for granted", sabe comé? Já é óbvio o uso dela, não nos impressiona mais. Então agora, usando ela "sem nem nos darmos conta", estamos focando numa coisa além. Estamos nos voltando novamente para o real. O real por trás de todo o irreal. E isso é uma nova fase do mundo, que estamos presenciando sem nem perceber! E conversando com o Gui sobre isso, ele levantou também o lance dos vilões. Os vilões destas animações novas não são mais bruxas! São empresários (no caso do Bolt); chefs de cozinha (Ratatouille); a própria "computação" criada pelo homem (já um caso mais visionário, que é o Wall-e), enfim (eu daria mais exemplos, mas tenho assistido a pouquíssimas animações). As crianças de hoje tão vivendo essa nova era, essa nova perspectiva, o que me resta concluir que serão novos adultos, com novas perspectivas. Bom ou ruim, é inevitável! Daqui uns 20 anos a gente vê no que que deu...
Ti coisinha mais fofa, gente! Apesar da gata ser minha preferida.

Um comentário:

caroline b. disse...

luuu, vc não tinha falado direito sobre suas conclusões! adorei!
esse negócio de ficar pensando nas coisas que já são pós-algo pega né? e faz todo sentido.