Quase que meu dever aqui estrear a seção de música! Então lá vai: Quando ingressei no curso de arquitetura da UEL, tinha conhecido recentemente a banda paulista/londrinense Patife Band. E em falar dela em casa, minha mãe me disse: tem um professor lá, que é irmão do Arrigo, um dos irmãos Barnabés, o Marcos. E meu primeiro contato com um professor de arquitetura lá foi com o Paulo Barnabé, numa palestra. Paulo Barnabé, pô, integrante da Patife, tinha lido há pouco. Nessa empolgação fiquei pensando "Caramba, tem dois irmãos roqueiros inclusive o vo-ca-lis-ta da Patife dando aula pra mim! Queria que eles soubessem que eu sei..." Nessa de queria que eles soubessem, um dia passei pelos corredores e vi o Paulo Barnabé dentro de uma sala. De toda aquela onda de vontade que deu de me mostrar entendida do rock deles, vou falar não vou falar, o máximo de coragem que tive foi de passar pela porta cantarolando um trecho de música deles: "Você é o tijolinho! Que faltava na minha construção!". E cara, ATÉ ISSO tinha tudo a ver com eles terem ido pra vertente arquitetônica, né? Tijolinho que faltava na minha construção... que letra é essa?
Bem, foi um pouco mais tarde que fui descobrir que o Paulo Barnabé que me dá aula NADA tem a ver com o Marcos Barnabé que me daria aula, NADA a ver com o Arrigo e muito menos NADA a ver com ser vocalista da Patife. Baita coincidência mesmo. Mas o Marcos é mesmo irmão do Paulo (vocalista da Patife) e é irmão do Arrigo. Ironicamente, mesmo depois de toda essa empolgação, nunca conversei com o Marcos sobre isso. Acho que até tentei mais ou menos algum dia, mas vocês conhecem ele, né? Não rolou manter um diááálogo.
Ó o Paulo Barnabé se não é A CARA do Marcos! Segundo da direita pra esquerda.
Agora eu resolvi abrir a seção de música falando da Patife porque tenho ouvido bastante ultimamente. Inclusive fui baixar de novo os dois CDs deles que eu tinha perdido e vejo lá o título de uma música: Poema em linha reta. Cacete... mas eu tinha duas semanas atrás comprado um livrinho da LP&M do Pessoa que tinha uma droga dum "Poema em linha reta" no sumário. Será que seria o mesmo? Antes de mais empolgações pra não quebrar a cara de novo, fui ouvir a música. E aí tive CERTEZA de que não teria nada a ver com Fernando Pessoa. De uma maneira a agressivona, começa num tom gritado: "Nunca conheci quem tivesse levado porrada!". Pra minha surpresa, quando abri na internet o poema, era ele mesmo. Cara, nunca que outra banda faria uma interpretação dessas pra esse poema. Eles conseguem captar mesmo o PORCO PORCO PORCO PORCO e SUJO SUJO SUJO SUJO com uma raiva, com um peso; no melhor estilo Patife Band. Pra quem quiser ouvir a música, por sorte tem no trama virtual da Patife, a número 6.
E ainda tem o mais legal de tudo, que é o Sidney Giovenazzi, ex-baixista da Patife, fazendo shows aqui em Londrina (segundo da esquerda pra direita na foto lá de cima). Com o projeto música celular, o cara tá regaçando! Mesmo. Vi ele ao vivo uma vez, no Valentino, e foi um tapa na cara. Toca MUITO! Repertório desgraçadamente bom, cheio de progressivos, e o baixão dele comendo solto. Formou a Banda à pra esse projeto, só com músicos de primeira aqui de Londrina - que incluem o Osmani, o Paulo Siqueira e o Edu Batistella. E me lembrei agora que até a Patife veio pra Londrina esses tempos! Eles tão na ativa com outra formação, mas o Paulo é claro no comando. Quase morri que não deu pra eu ir, no Valentino também. Mas long live Sidney! Que venha o próximo! Um vídeo deles fazendo Zomby Woof do Zappa pra vocês sentirem o gostinho:
i wrote the puritan in 1947. it's the story of someone so frightened by his love that he withdraws. he's simply incapable. if you have a secret, you become afraid. you become afraid of yourself, and what you might want, of wanting the wrong thing, even afraid of love. we destroy the very thing we most desire. it's tragic mystery. the subject still interests me today. - louise bourgeois, 1947
deus criou o mundo em uma epifania. em um segundo ele enxergou tudo! - louisa savignon, 2009
o estado é onde todos bebem veneno, os bons e os maus; onde todos se perdem a si mesmos, os bons e os maus; onde o lento suicídio de todos se chama “a vida”. - zaratustra, 1885
Nenhum comentário:
Postar um comentário